quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Coven



Um coven, ou assembléia, como também é
chamado, é um grupo de no mínimo dois e
 no máximo treze bruxos que trabalha junto na
sua tradição, seja ela qual for.
Os bruxos do coven costumam se reunir nas
luas cheias (esbás) e nos festivais solares (sabás).

Alguns se reúnem também na lua negra
 (período em que a lua não pode ser vista no céu).
Os membros do coven costumam dividir funções
 nos rituais. 

Costuma haver sempre uma Sacerdotisa e
um Sacerdote, normalmente aqueles que
fundaram o coven.

Em tradições wiccanas mais antigas, como a
Gardneriana e a Alexandrina, há a Donzela,
que seria uma assistente da Sacerdotisa
e quem normalmente a substituiria
quando ela "se aposentasse".

Em muitos covens são designados
os Senhores dos Quadrantes.

São quatro, cada um sendo responsável
por um quadrante em específico:
Norte, Leste, Sul e Oeste.
 No coven, os membros ajudam-se
uns aos outros no seu Caminho.

Conhecimentos são divididos, experiências 
são trocadas.

Entre eles deve sempre prevalecer o clima de: 
Perfeito Amor, Perfeita Confiança,
o que nem sempre é fácil........
 Um coven está sempre ligado à alguma tradição.
 Quando bruxos não ligados à nenhuma tradição
formam um grupo de trabalho, para celebrar
esbás e sabás (ou, no mínimo, os sabás),
este grupo não é chamado de coven,
mas de círculo.

Um círculo  é algo mais descompromissado 
do que um coven, que forma uma ligação
mais forte entre os membros.

É comum bruxos não-iniciados formarem
um círculo antes de se iniciarem em alguma
tradição, quando o seu círculo passa a ser um coven.


A questão de um grupo de estudos e um grupo de trabalho ou coven é muito séria e importante. Formar um grupo de estudos é uma coisa. Formar um grupo de trabalho é outra coisa. Formar especificamente um coven para trabalhos Wicca é ainda outra coisa. Em todos os níveis temos uma mesma característica básica. Estamos nos propondo a unir pessoas diferentes ao redor de um mesmo objetivo.

Sabemos que cada pessoa tem sua linha de vida, suas motivações pessoais para se interessar pelo caminho e uma série de singularidades que precisam ser levadas em consideração se desejamos mesmo criar um trabalho efetivo. Quando falamos que vamos trabalhar com Wicca estamos falando de trabalhar com conhecimento e práticas que não são apenas um acúmulo de teoria diletante, mas estamos falando de conhecimentos e práticas que devem e vão influir em nossas vidas, em nossa forma de estar no mundo e com ele se relacionar.

Assim todo trabalho envolvendo bruxaria mexe com a gente num nível muito profundo, melhor dizendo, em muitos níveis.

Veja que durante o caminho de um(a) bruxo(a) ele(a) vai progressivamente descobrindo que tudo o que lhe ensinaram como realidade neste mundo "civilizado" dentro do qual estamos inseridos, está preso a um conjunto de paradigmas que só interessam aos grupos que lutam há milênios para ter tudo sob controle, para dominar e escravizar. Ora descobrir isso não é algo simples e sem conseqüências.


Profundos questionamentos sobre nós mesmos, sobre nossa vida, sobre nossa forma de ser e estar no mundo vão acompanhar estas descobertas. Aos poucos vamos descobrir que os "tentáculos" da religião dominante, com seus pecados e medos , foram lançados profundamente em nós e que não é nada fácil se libertar mesmo deles.

Volta e meio vemos pessoas que pareciam profundas iniciadas na ARTE tudo abandonar e partir até mesmo para movimentos fundamentalistas. A questão é : Essas pessoas estão "abandonando" mesmo , ou sequer compreenderam as bases da ARTE, participando de tudo superficialmente, num tipo de participação sem envolvimento efetivo, por mais "empolgadas " que elas demonstrassem estar?

Existem pessoas que fazem as coisas por algum motivo oculto, como por exemplo "aparecer", outras por "fuga" enfim muitas pessoas vem a ARTE com propostas estranhas a mesma, apenas para alcançar satisfação de alguma necessidade mais vã.

Quando se sentem incomodadas migram, vão para outro meio que lhes permita melhor expressar suas carências.

Assim, quando falamos de trabalhar num grupo, temos que estar atentos para o fato que cada pessoa tem suas próprias questões existenciais e ao chegar no grupo vai trazê-las para o coletivo.

Um grupo de estudo é uma coisa.

Pessoas que se reúnem para trocar informações e até mesmo realizar leituras conjuntas.

Um grupo de prática tem outro momento, além do trabalho teórico, há a proposta de práticas complementares, o que já atrai outro tipo de energia, muito mais intensa, além de "entes", seres de outros mundos, que desde a mais remota antigüidade mantém um intercâmbio de energia e experiências com humanos iniciados e se aproximam tão logo os portais entre as realidades sejam abertos pela curvatura no espaço-tempo que um grupo de trabalho mágico cria.

Tais seres trazem sua própria energia que irá se somar ao grupo.

Portanto, quando falamos que estamos fazendo um grupo de trabalho mágico estamos sempre começando um empreendimento coletivo, entre os membros do grupo e outras linhas de seres.

No terceiro caso, quando criamos um grupo, um coven, com a específica idéia de trabalhar dentro dos moldes Wicca estamos nos conectando a uma egrégora já existente.

Isto implica em rituais formais, em práticas específicas, pois é como conectar um provedor, sem a senha correta e a correta configuração de seu programa de acesso você não consegue a conexão.

Isto é o ritual, a senha para a conexão com a egrégora.


Assim, existem alguns pontos a serem trabalhados, algumas idéias a serem postas em prática de tal ou qual forma se desejamos mesmo entrar em sintonia com a específica egrégora do paganismo Wicca. Existem pessoas que pregam uma rebeldia total.

Nada de ritos prontos, só os intuitivos, nada de iniciações formais, só auto-iniciação...

Bom, se vai ser feito um trabalho formal dentro de uma tradição, o começo precisa de uma sintonização com as forças desta tradição, daí que há a necessidade de iniciação formal dentro de um rito pré-estabelecido e uma seqüência de práticas visando a sintonização com a egrégora que pretendemos nos ligar.

Desconsiderar isso parece com alguém que pede o telefone de uma garota ela o dá e o "sou rebelde porque o mundo quis assim" resolve que é muita regra seguir aqueles números e disca outros, para afirmar sua "liberdade"! Aqui entrará a questão dos guardiães da egrégora. Algo importante a ser meditado também, pois pode acontecer de pessoas envolvidas no grupo subitamente se sentirem desconfortáveis no mesmo e saírem sem maiores explicações, e o importante é saber que o fato ocorrido se deve a uma negação dos guardiães da egrégora da presença daquela pessoa no meio.

Um grupo forma sempre uma egrégora, um corpo coletivo formado a partir das energias individuais de cada integrante.

Quanto mais forte o grupo, mais forte a egrégora.

Todo grupo sempre tem um coordenador.

É uma questão de polaridade das ações, sempre existe alguém que representa o papel do estimulador do grupo. Quem motiva o grupo a surgir, quem age quando qualquer crise chega. Essa pessoa precisa no mínimo ter algum equilíbrio, do contrário, a cada crise do grupo, vai acabar envolvida também e seu papel se diluirá muito. E crises sempre acontecem em grupos, faz parte das coisas pelas quais um grupo é útil. Pois são essas crises que geram crescimento. Um grupo precisa de responsabilidade por parte de quem pretende formá-lo, precisa de sinceridade entre seus membros.


Pois toda e qualquer atitude desarmônica apenas desequilibra a egrégora e cria sérios problemas. Guerrinhas de ego, pessoas que estão preocupadas em aparecer e que por isso se incomodam quando outras aparecem, são sempre pontos que levam um grupo a crises.

Assim, lealdade é outro termo que se faz necessário definir e entender pelos que pretendem um trabalho em grupo.

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O CAMINHO DO MAGO


 
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